quinta-feira, 23 de setembro de 2010

JONH KENNEDY



ohn Fitzgerald Kennedy (BrooklineMassachusetts29 de Maio de 1917 — Dallas22 de Novembro1963) foi um políticoestadunidense e o 35° presidente de seu país (19611963). Foi o primeiro Kennedy a nascer depois do século XIX.
Sua família era de ascendAência irlandesa e tradicionalmente católica. Kennedy era filho de Joseph P. Kennedy. Formou-se emRelações Internacionais na Universidade de Harvard em 1940. Serviu na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, sendo ferido na Batalha de Guadalcanal em 1943. Condecorado por bravura, afastou-se do serviço militar por problemas na coluna vertebral. Ainda quando jovem, participou do Movimento Escoteiro.

Vida e carreira política

Em 1946, foi eleito pelo Partido Democrata como deputado federal pelo estado de Massachusetts. Reeleito em 1948 e 1950. Em1952, ganhou de Henry Cabot Lodge Jr., do Partido Republicano, a vaga de seu estado no Senado Federal.
Kennedy casou-se em 12 de setembro de 1953 com Jacqueline Bouvier com quem teve 4 filhos, CarolineJohn F. Kennedy, Jr., um filha nado-morta e outro que morreu com 2 dias de vida. Nessa época, sofreu duas cirurgias para correção de problemas na coluna vertebral, vindo a quase falecer, recebendo duas vezes o ritual de extrema-unção.


Eleições presidenciais de 1960

No início de 1960, Kennedy declarou-se candidato democrata às eleições presidenciais daquele ano. Vencedor de todas as primárias, Kennedy foi designado pelo Partido Democrata como candidato à Presidência, escolhendo para compor sua chapa o senador Lyndon B. Johnson, do Texas. O oponente republicano era o então vice-presidenteRichard Nixon. A 8 de novembro de1960, após uma disputadíssima campanha, Kennedy vence por uma diferença de 112 881 votos, numa das eleições mais apertadas da história americana: 0,2% dos votos. Muitos atribuem a vitória de Kennedy a forma como aparecia na recente televisão, o carisma e a jovialidade eram passados com convicção. Kennedy foi o primeiro presidente dos Estados Unidos nascido no século XX.


Presidência

Kennedy tomou posse, sucedendo a Dwight Eisenhower, a 20 de janeiro de 1961. Tão logo assume a presidência, tem que enfrentar uma crise causada pela invasão de Cuba por exilados cubanos com o auxílio da CIA. Assume a responsabilidade pelo fracasso, mas mantém a popularidade. Em junho tem seu primeiro encontro com o premier soviético, Nikita Krushchev, em Viena. Dois meses depois o Muro de Berlim é construído. 1962 é um ano turbulento. A crise dos Mísseis em Cuba leva o mundo próximo ao conflito nuclear, mas Kennedy já mais entrosado com o poder, age com firmeza e ganha admiração mundial. O conflito noVietnã começa a se agravar e Kennedy envia consultores militares para o sudeste asiático.
Internamente, o governo Kennedy leva a economia a uma recuperação. Porém enfrenta forte oposição do Congresso a levar adiante algumas de suas propostas. No sul do país, a tensão racial se agrava e o Presidente é obrigado a enviar tropas para garantir osdireitos civis da população negra. Foi um presidente que defendeu abertamente as causas das minorias e do papel de cada cidadão no seu país. Entre 1961 e 1963 vários países sul-americanos recebiam ajudas no setor de vestuário e alimentação ("Aliança para o Progresso"), hoje pessoas de países como o Brasil vivas na época confirmam o fato. Queria uma aproximação maior com a União Soviética e uma gradual desmilitarização, já que não via num choque entre as duas potências uma solução das desavenças, fato que desagradou a maior indústria de armamento do mundo, a própria indústria americana. Promoveu trocas de membros do alto-escalão do governo e daCIA, por julgá-los ultrapassados.
Foi um dos principais líderes mundiais do século XX e seus discursos gravados até hoje causam emoção ao serem vistos. Sabia utilizar a mídia e tinha o dom da oratória.


Desafio da conquista da Lua

Kennedy foi o presidente dos Estados Unidos que lançou o desafio de chegar a Lua em uma década, que resultou no Projeto Apollo. No famoso discurso em 1961 Kennedy lançou o desafio de "enviar homens a Lua e trazê-los de volta a salvo".
Em outro discurso na Universidade Rice suas palavras foram: We choose to go to the moon. We choose to go to the moon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard ("Nós decidimos ir a Lua. Nós decidimos ir a Lua nesta década e fazer as outras coisas, não porque elas são fáceis, mas porque elas são difíceis")."I believe this nation should commit itself to achieving the goal, before this decade is out, of landing the man on the moon and returning safely to Earth."
"Eu acredito que a nação deva se comprometer para alcançar o objetivo, antes do fim da década, de aterrissar o homem na lua e fazê-lo voltar em segurança para a Terra."


Assassinato


Foto tirada minutos antes dos tiros.
No verão de 1963, Kennedy preparava-se para iniciar a sua campanha para uma eventual reeleição nas eleições de 1964. As perspectivas eram boas, visto que o candidato republicano deveria ser o senador Barry Goldwater, um conservador bastante extremista e impopular. Porém, no estado do Texas, que era de fundamental importância, a administração estava perdendo popularidade para os republicanos. Foi então programada uma visita do presidente às principais cidades do estado em 21 e 22 de novembro.


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Tendo visitado San AntonioHouston e Fort Worth, Kennedy vai a Dallas, desfila em carro aberto, e encontra uma multidão entusiasmada. Ao meio-dia e meia do dia 22 de novembro, passando pela Dealey Plaza, Kennedy é atingido por dois tiros, um no pescoço (que também atinge o Governador do Texas John Connally) e outro fatal na cabeça. Jackie Kennedy que estava ao seu lado, sobe em desespero na traseira do carro em movimento. Kennedy morreu em menos de trinta minutos depois do atentado. Um ex-fuzileiro naval,Lee Harvey Oswald, de 24 anos, que trabalhava num depósito de onde foram vistos os disparos, foi detido e acusado pelo homicídio de Kennedy. No dia 24, quando Oswald seria transferido para outra prisão, acabou por ser também assassinado por Jack Ruby, ligado àMáfia americana e portador de uma doença terminal.

JESUS CRISTO E ABRAÃO



Jesus Cristo é a forma como a Bíblia se refere àquele cujos seguidores consideram o Messias.
A expressão "Jesus Cristo" surge várias vezes nos escritos gregos da Bíblia, no Novo Testamento, e veio a tornar-se a forma respeitosa como oscristãos se referem a Jesushomem judeu que, segundo os evangelhos, nasceu em Belém da Judeia e passou a maior parte da sua vida emNazaré, na Galileia, sendo por isso chamado, às vezes, de Jesus de Nazaré ou Nazareno. O título Cristo, portanto, confere uma perspectivareligiosa à figura histórica de Jesus.
Segundo os evangelhos, antes de ser preso e crucificado, Jesus Cristo celebrou sua última Páscoa judaica juntamente com seus apóstolos, pedindo que a partir daquele dia eles comessem o pão e tomassem o cálice de vinho em sua memória, pois Ele entregaria o seu corpo e o seu sangue no lugar dos pecadores.

O cumprimento das antigas profecias

Segundo o cristianismo, o Messias cumpriria algumas das profecias do Antigo Testamento. Tais como:
  • Nasceria em Belém de Judá (Miquéias 5:2)
  • de uma virgem (gr. phanteros) (Isaías 7:14)
  • por intermédio de Deus (Salmos 2:7)
  • descendente de Jacó (Números 24:17)
  • da tribo de Judá (Gênesis 49:10)
  • iria para o Egito (Oséias 11:1)
  • surgiria da Galiléia (Isaías 9:1)
  • um mensageiro prepararia o seu caminho (Malaquias 3:1) clamando no deserto (Isaías 40:3)
  • o Espírito de Deus iria repousar sobre Ele (Isaías 11:2)
  • faria profecias (Deuteronômio 18:18)
  • abriria os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos (Isaías 35:5)
  • curaria os coxos e os mudos (Isaías 35:6)
  • falaria em parábolas (Salmos 78:2)
  • mesmo sendo pobre, seria aclamado rei, em um jumento (Zacarias 9:9)
  • seria rejeitado (Salmos 118:22)
  • traído por um amigo (Salmos 41:9)
  • por trinta moedas de prata (Zacarias 11:12)
  • moedas essas que seriam dadas a um oleiro (Zacarias 11:13)
  • seria ferido, e depois abandonado por seus discípulos (Zacarias 13:7)
  • seria acusado injustamente (Salmos 35:11)
  • seria ferido pelas nossas transgressões (Isaías 53:5)
  • não responderia aos seus acusadores (Isaías 53:7)
  • seria cuspido e esbofeteado (Isaías 50:6)
  • seria zombado depois de preso (Salmos 22:7,8)
  • teria os pés e mãos transpassados (Salmos 22:16)
  • na terra dos seus amigos (Zacarias 13:6)
  • junto com transgressores (Isaías 53:12)
  • oraria pelos seus inimigos (Salmos 109:4)
  • seria rejeitado e ferido por nossas iniquidades (Isaías 53:3-5)
  • lançariam sortes para repartir as suas vestes (Salmos 22:18)
  • o fariam beber vinagre (Salmos 69:21)
  • clamaria a Deus no seu desamparo (Salmos 22:1)
  • entregaria seu espírito a Deus (Salmos 31:5)
  • não teria os ossos quebrados (Salmos 34:20)
  • a Terra se escureceria, mesmo sendo dia claro (Amós 8:9,10)
  • um rico o sepultaria (Isaías 53:9)
  • Ele ressuscitaria (Salmos 30:3)
  • no terceiro dia (Oséias 6:2)
  • subindo também aos céus (Salm. 68:18; Atos 1:11)
  • e sendo recebido pelo seu Pai, à sua direita (Salm. 110:1; Atos 7:55)


Os milagres relatados

As CurasMateusMarcosLucasJoão
Um leproso8:2-41:40-425:12-13-
O servo de um centurião romano8:5-13-7:1-10-
A sogra de Pedro8:14-151:30-314:38-39-
Dois endemoninhados gadarenos8:28-345:1-158:27-35-
Um paralítico9:2-72:3-125:18-25-
Uma mulher com hemorragia há 12 anos9:20-225:25-298:43-48-
Dois cegos9:27-31---
Um homem mudo e endemoninhado9:32-33---
Um homem com a mão definhada12:10-133:1-56:6-10-
Um endemoninhado cego e mudo12:22-11:14-
A filha endemoninhada de uma cananéia15:21-287:24-30--
Um menino lunático17:14-189:17-299:38-43-
Dois cegos20:29-3410:46-5218:35-43-
Um surdo que falava com dificuldade-7:31-37--
Um endemoninhado na sinagoga-1:23-264:33-35-
Um cego de Betsaida-8:22-26--
Uma mulher que andava curvada--13:11-13-
Um homem hidrópico--14:1-4-
Dez homens leprosos--17:11-19-
Um servo do sumo sacerdote--22:50-51-
O filho enfermo de um nobre---4:46-54
Um enfermo do tanque de Betesda---5:1-9
Um homem cego de nascença---9:1-7

O Poder Sobre a NaturezaMateusMarcosLucasJoão
Jesus acalma o vento e o mar8:23-274:37-418:22-25-
Jesus caminha sobre as águas14:256:48-51-6:19-21
A 1ª multiplicação de pães e peixes14:15-216:35-449:12-176:6-13
A 2ª multiplicação de pães e peixes15:32-388:1-9--
O peixe com uma moeda na boca17:24-27---
A figueira se torna estéril21:18-2211:12-14,20-25--
A água é transformada em vinho---2:1-11
A 1ª pesca milagrosa--5:1-11-
A 2ª pesca milagrosa---21:1-11

O Poder Sobre a MorteMateusMarcosLucasJoão
Ressurreição da filha de Jairo9:18-255:22-24,35-428:41-56-
Ressurreição do filho de uma viúva--7:11-15-
Ressurreição de Lázaro em Betânia---11:17-45
Sua própria ressurreição28:1-716:1-624:1-920:11-18

Jesus (8-4a.C. – 29-36d.C.[1][2][3]) é a figura central do cristianismo.[4] Para a maioria dos cristãos ele é aencarnação de Deus, o "Filho de Deus", que teria sido enviado à Terra para salvar a humanidade. Acreditam que foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos e ressuscitou no terceiro dia (na Páscoa).[4] Para os adeptos do islamismo, Jesus é conhecido no idioma árabe como Isa (عيسى, transl. Īsā), Ibn Maryam ("Jesus, filho de Maria"). Os muçulmanos tratam-no como um grande profeta e aguardam seu retorno antes do Juízo Final.[5][6] Alguns segmentos do judaísmo o consideram umprofeta,[7] outros um apóstata.[8] A Bíblia é umas das principais fontes de informação sobre ele.
Embora tenha pregado apenas em regiões próximas de onde nasceu, a província romana da Judéia, sua influência difundiu-se enormemente ao longo dos séculos após a sua morte. Ele pode ser considerado como uma das figuras centrais da cultura ocidental.



Método histórico

Estudiosos têm utilizado o método histórico para desenvolver a provável reconstrução da vida de Jesus. Ao longo dos últimos duzentos anos, a imagem de Jesus entre os estudiosos históricos tem vindo a ser muito diferente da imagem de Jesus baseada nos evangelhos.[30] Alguns estudiosos fazem uma distinção entre Jesus reconstruindo através dos métodos históricos e o Jesus entendido através de um ponto de vista teológico,[nota 13] ao passo que outros estudiosos sustentam que o Jesus teológico representa uma figura histórica.[4] As principais fontes de informação sobre a vida de Jesus e seus ensinamentos são os evangelhos, especialmente os evangelhos sinóticos: MateusMarcos e Lucas. Acadêmicos bíblicos e historiadores aceitam a existência histórica de Jesus.[nota 14][nota 15][31][32]
O livro do alsaciano Albert Schweitzer A Busca do Jesus histórico[33] é um esforço pós-iluminista para descrever Jesus usando o método histórico crítico. Desde o final do século XVIII, estudiosos têm analisado os evangelhos e tentado formular a biografia histórica de Jesus. Os esforços contemporâneos tentam melhorar a compreensão do judaísmo do século I, analisando os textos religiosos cristãos e usando os métodos de crítica histórica e sociológica, além da análise literária dos ditos de Jesus.[34]
Ascensão de Jesus numa antiga pinturaturca.[35]

No islamismo

Jesus, conhecido em árabe como Isa ou Isa ibn Maryam ("Jesus, filho de Maria"), é um dos principais Profetas do Islã. De acordo com oAlcorão foi um dos profetas mais amados por Deus e, ao contrário do que se passa no cristianismo, não é um ser divino. Existem notáveis diferenças entre o relato dos Evangelhos e a narração do Alcorão da história de Jesus.
A virgindade de Maria é plenamente reconhecida pelo islã.[36] Jesus teria anunciado várias vezes na Bíblia a chegada de Maomé como o último profeta.[37] A morte de Jesus é tratada como complexa, por não reconhecer explicitamente a sua morte e dizer que antes da morte ele foi substituído por outro, do qual nada é dito, enquanto Jesus ascende ao céu e ludibria os judeus.[38] A morte ignominiosa de Jesus não está coberta, porém, afirma-se o seu regresso no dia do Juízo Final [39] e a descoberta, nesse dia, de que a obra de Jesus era verdadeira.[nota 16]
O Alcorão rejeita a trindade, considerada falsa, e se refere a Jesus como "Verbo de Deus", mas não o filho dele..[nota 17][40]

No judaísmo

judaísmo acredita que a idéia de Jesus ser Deus, ou parte de uma trindade, ou um mediador de Deus, é heresia.[41] O judaísmo também sustenta que Jesus não é o messias[42]argumentando que ele não cumpriu as profecias messiânicas da Tanakh nem encarna as qualificações pessoais do Messias. O judaísmo afirma que Jesus não cumpriu as exigências estabelecidas pela Torá para provar que ele era um profeta. E mesmo que Jesus tivesse produzido um sinal que fosse reconhecido pelo judaísmo, afirma-se que nenhum profeta poderia contradizer as leis já mencionadas na Torá, o que os rabinos afirmam que Jesus fez.[43]
Mishneh Torá, escrita por Maimônides (ou Rambam), considerada uma das obras da lei judaica, diz que "Jesus é um "obstáculo" que faz "a maioria do mundo errar para servir a uma divindade além de Deus". De acordo com o judaísmo conservador, os judeus que acreditam que Jesus é o Messias "cruzaram a linha" para fora da comunidade judaica.[44][45] E quanto ao Judaísmo reformista, o movimento progressista moderno, afirmam: "Para nós, da comunidade judaica alguém que afirma que Jesus é seu salvador já não é um judeu e sim umapóstata".[46][nota 18]

No cristianismo

A figura de Jesus de Nazaré é o centro da religião conhecida como cristã, embora existam diversas interpretações sobre a sua pessoa.[nota 19] De um modo geral, para os cristãos, Jesus de Nazaré é o protagonista de um único ato[nota 20] e intransferível, pelo qual o homem adquire a capacidade de deixar a sua natureza decaída e atingir a salvação.[nota 21] Tal ato é consumado com a ressurreição de Jesus. A ressurreição é, portanto, o fato central do cristianismo e constitui sua esperança soteriológica. Como ato, é exclusivo da divindade e indisponível ao homem. De forma mais precisa, a encarnação, a morte e a ressurreição compensam os três obstáculos que separam, segundo a doutrina cristã, Deus do homem: a natureza,[nota 22] o pecado,[nota 23] e a morte.[nota 24] Pela Encarnação do Verbo, a natureza divina se faz humana.[47] Pela morte de Cristo, se vence o pecado e por sua ressurreição, a morte.[48]
Historicamente, o núcleo da doutrina cristã foi fixado no Primeiro Concílio de Niceia, em 325, com a formulação do Credo niceno. Este concílio é reconhecido pelas principais denominações cristãs: católicaortodoxa e de várias igrejas protestantes. O texto do Credo Niceno que se refere a Jesus é o seguinte:
Cquote1.pngCremos em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, gerado do Pai desde toda a eternidade, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai; por Ele todas as coisas foram feitas. Por nós e para nossa salvação, desceu dos céus; encarnou por obra do Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e fez-se verdadeiro homem. Por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; sofreu a morte e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; subiu aos céus, e está sentado à direita do Pai. De novo há de vir em glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.[49]Cquote2.png
Existem, no entanto, igrejas não trinitárias que não reconhecem a existência de uma trindade de pessoas em Deus.[nota 25]

Jesus de Nazaré é também considerado a encarnação e filho de Deus, segunda pessoa da trindade cristã. É filho por natureza, e não por 
adoção, o que significa que sua divindade e sua humanidade são inseparáveis.[nota 26] A relação entre a natureza divina e humana foi fixada no Concílio de Calcedónia, nestes termos:
Cquote1.pngFiéis aos santos Pais, todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, e perfeito quanto à humanidade; verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, constando de alma racional e de corpo, consubstancial com o Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; em tudo semelhante a nós, excetuando o pecado; gerado segundo a divindade pelo Pai antes de todos os séculos, e nestes últimos dias, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, nascido da Virgem Maria, mãe de Deus; um e só mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis, imutáveis, indivisíveis, inseparáveis; a distinção de naturezas de modo algum é anulada pela união, antes é preservada a propriedade de cada natureza, concorrendo para formar uma só pessoa e em uma subsistência; não separado nem dividido em duas pessoas, mas um só e o mesmo Filho, o Unigênito, Verbo de Deus, o Senhor Jesus Cristo, conforme os profetas desde o princípio acerca dele testemunharam, e o mesmo Senhor Jesus nos ensinou, e o Credo dos santos Pais nos transmitiu.[50]





Abraão


Identidade

Identidade
Nome:Abraão
Significado:Pai ou Líder de Muitos
Do Hebraico:אברהם Avraham ou ’Abhrāhām
Raiz familiar:Raiz de Noé linhagem de Sem
Avô:Naor
Pai:Terá
Mãe:---
Irmãos:Naor / Harã
Esposa:Sara / Quetura / (Agar)
Filhos:Ismael / Isaque / Zinrã / Jocsã / Medã / Midiã / Suá
Netos:Esaú / Jacó / Seba / Dedã / Efá / Efer / Enoque / Abida / Elda
Sobrinhos: / Uz / Buz / Quemuel / Quésede / Hazo / Pildas / Jidlafe / Betuel / Tebá / Gaã / Taás / Maaca.
Local de Nascimento:provavelmente Ur
Tempo de Vida:175 anos
Motivo de Morte:Velhice
Local de Morte:
Localização Temporal:Foi encontrado um contrato Babilónico em nome de Abraão. Este foi datado de 1800 - 2000AC. É provável a relação com o patriarca.
Status social:Rico (Gênesis 13:2)

[editar]Registros da história de Abraão

Abraão é citado no livro de Gênesis como a nona geração de Sem, o qual foi um dos filhos do patriarca Noé que tinha sobrevivido às águas dilúvio.
Segundo a Bíblia, a mais provável procedência de Abraão seria a cidade de Ur dos caldeus, situada no sul da Mesopotâmia, onde seus irmãos também teriam nascido. O final do capítulo 11 do primeiro livro da Torah, ao descrever a genealogia do patriarca hebreu, assim informa, mencionando o nome anterior de Abraão:
E estas são as gerações de Tera: Terá gerou a Abraão, a Naor e a Harã; e Harã gerou a . E morreu Harã, estando seu pai Terá ainda vivo, na terra de seu nascimento, em Ur dos caldeus. (Gênesis 11: 27-28)
Livro dos Jubileus, considerado como uma obra apócrifa entre os judeus e cristãos, diz que Abraão, já aos catorze anos de idade, quando ainda residia em Ur dos caldeus com sua família, teria começado a compreender que os homens da terra haviam se corrompido com a idolatria adorando as imagens de escultura. Então Abraão não aceitou mais adorar ídolos com o seu pai Tera e começou a orar a Deus, pedindo-lhe que conservasse a sua alma pura do erro dos filhos dos homens e também a de seus descendentes.
Diz também o livro de Jubileus, no seu capítulo 12:10, que Abraão casou-se com Sara, no ano 49 de sua vida. E, quando o patriarca estava com 60 anos, ocorreu a morte trágica de seu irmão Harã, o pai de Ló.
Prossegue o texto bíblico informando que Terá, o pai de Abraão, após a morte de Harã, teria tomado sua família e organizado uma expedição para fixar-se em Canaã. Contudo, ao chegar numa localidade que veio a receber o mesmo nome do filho falecido, Terá permaneceu ali onde morreu com a idade de duzentos e cinco anos:
E tomou Terá a Abrão, seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai, sua nora, mulher de seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã e habitaram ali. E foram os dias de Terá duzentos e cinco anos; e morreu Terá em Harã (Gênesis 11:31-32)
Segundo a Bíblia, no capítulo 12 do livro de Gênesis, Abrão recebeu uma promessa divina para deixar a sua terra e a de sua família. Tal chamado de Deus pode ter ocorrido quando Abraão já se encontrava com sua família em Harã.
Estevão, em seu discurso registrado no livro bíblico de Atos, informa que Deus apareceu a Abraão ainda na Mesopotâmia e Terá já havia falecido;
O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então, saiu da terra dos caldeus e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora. (Atos 7:2-4)

[editar]Viagem para Harã

Há suposições de que Abraão anuiu nesta jornada em direção a Salém, mas teria sido o seu irmão Naor, o qual não tinha conhecimento dos ensinamentos de Melquisedeque, que os persuadiu a ficar em Haran.
No entanto, sabe-se que Harã, na Antigüidade, foi um importante ponto de passagem para as caravanas do Oriente Próximo. E talvez a prosperidade do local tenha motivado a fixação da família de Abrão neste local em que acredita-se que o clã deveria abastecer o povoado com seus rebanhos.
É provável que, em Harã, Abrão tenha recebido talvez um segundo chamado divino para deixar a terra de sua família e se estabelecer na terra que Deus lhe indicasse. Nesta passagem, logo no começo do capítulo 12 de Gênesis, Deus anuncia diretamente ao patriarca bíblico que ele se tornaria uma grande nação e não há nenhuma menção expressa de que a terra prometida seria Canaã, muito embora esta teria sido o destino que o seu pai teria buscado e veio a ser confirmado posteriormente.
Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engranderecei o teu nome, e tu serás uma bênção. (Gênesis 12:1-2)
Todavia, é provável que devido à profecia proferida por Noé, quando castigou a Cam dizendo que Canaã seria escravo de Sem, existisse a ideia de que Abraão deveria seguir em direção à Canaã (Gn 9:25-27). Até mesmo porque no verso 31 do capítulo 11 de Gênesis diz que Terá e sua família deixaram Ur destinados a chegar em Canaã.

[editar]A partida para Canaã

A Bíblia diz que Abrão, obedecendo as ordens de Deus, saiu com Ló de Harã, juntamente com sua esposa e seus bens, indo em direção a Canaã. O texto informa que Abrão já teria setenta e cinco anos de idade e dá a entender que já tivesse pessoas a seu serviço, embora nenhum filho.
Depois dessa longa jornada de Harã até Canaã, o primeiro local onde Abraão esteve teria sido em Siquém, no carvalho de Moré, onde habitavam os cananeus. Ali Deus apareceu a Abraão e lhe confirmou a promessa de dar aquela terra à sua descendência.
Tendo edificado um altar para Deus em Siquém, Abraão parte o Sul, fixando-se num lugar entre as cidades de Betel e Ai onde se estabelece com as suas tendas e constrói um novo altar.
Depois, prossegue Abraão para o sul, não havendo informações na Bíblia onde seria esse terceiro local de sua passagem, mas apenas diz que havia fome naquela terra.
Alguns, no entanto, interpretam que Abraão teria chegado a Salém, lugar que corresponderia hoje à Jerusalém. Porém, a Bíblia não diz claramente onde teria sido.
Informações não bíblicas relatam que, após a morte de Terá (Taré), o rei de Salém teria enviado um mensageiro a Abraão com o fim de lhe convidar a fazer parte do núcleo de estudantes/sacerdotes no seu reino. O mensageiro que encarregado da mensagem chamava-se Jaram e o convite era extensivo a Naor também, mas que teria optado por ficar, construindo naquele lugar uma poderosa fortificação. Abraão, contudo, partiu com o seu sobrinho de nome . Assim, ao chegarem a Salém, resolveram estabelecer o seu acampamento próximo da cidade e edificar guarnições nas colinas adjacentes, de forma a protegerem-se contra os furtivos ataques dos hititas, dos filisteus e dos assírios que privilegiavam estas zonas da Palestina nos seus ataques e saques. As visitas a Salém passaram a ser uma rotina para estes dois personagens e o reflexo dos ensinamentos do sábio Melquisedec foi notório nos seus ensinamentos. [carece de fontes]
No entanto, deve-se considerar que se Terá gerou Abrão e seus irmãos aos setenta anos (Gênesis 11:26) e faleceu aos duzentos e cinco anos (Gênesis 11:32), quando Abraão deixou Harã o seu pai certamente estava vivo com a idade de cento e quarenta e cinco anos já que o início da viagem do patriarca para Canaã ele tinha uma idade de setenta e cinco, ainda que naquela época a contagem de anos pudesse ser diferente.

[editar]A seca e a viagem para o Egito

A Bíblia diz que houve fome na terra prometida que Abraão havia se estabelecido em Canaã e que, por causa disso, o patriarca e todo o seu acampamento retirou-se para o Egito.
Ao chegar no país, Abraão temeu que viesse a ser morto por causa da beleza de sua mulher e por isso combinou com ela que dissesse aos egípcios que seria sua irmã, não esposa.
Assim, o faraó veio a apaixonar-se por Sara e a levou para o seu palácio, passando a favorecer Abraão. Porém, Deus castigou o rei egípcio e este mandou chamar Abraão e lhe devolveu Sara, ordenando também que deixassem o país com os seus bens.
Informações não bíblicas afirmam que, algum tempo depois de Abrãao ter se estabelecido nas proximidades de Salém, houve uma seca nesta região, o que teria lhe obrigado, juntamente com o seu sobrinho, a caminharem pelo vale do Nilo, levantando novos acampamentos. Foi nessa permanência no Egipto que Abraão teria encontrado-se com um parente próximo que ocupava o trono do país de então e chegou a acompanhar duas expedições militares de muito êxito ao serviço deste rei. E, na última parte da sua estada no Egito, Abraão e Sara teriam vivido no palácio real do Egipto. Quando Abraão decidiu deixar as terras do Nilo, o rei lhe deu a sua parte nos despojos de guerra das suas expedições militares.[carece de fontes]
Tal parentesco de Abraão com o faraó egípcio não teria fundamentos na Bíblia porque Abraão era semita enquanto os egípcios teriam descendido de Cam, não de Sem, assim como os cananeus, os filisteus, os hititas e os amorreus.
De acordo com o livro apócrifo dos Jubileus, Deus quis provar o coração de Abraão, e permitiu que Sara fosse tirada dele e levada ao palácio do faraó. Porém, a Bíblia nada diz a esse respeito.

[editar]Regresso à Canaã

A Bíblia narra que Abraão, juntamente com sua esposa e com seu sobrinho , retornou do Egito para a terra de Canaã, para o mesmo local onde havia se fixado ao Sul de Betel (provavelmente Salém). Tornou-se muito rico, possuindo rebanhos de gado, prata e ouro.
Prossegue o texto de Gênesis dizendo que Abraão retornou para Betel onde procurou o altar que havia feito para Deus e o invocou. Ali, no entanto, Abraão e Ló resolvem separar-se devido às contendas que havia entre os seus pastores por causa do numeroso rebanho que possuíam.
Estudos não bíblicos explicam que Abraão, provavelmente, tinha interesse em se tornar um grande líder na Palestina - almejava até ser um poderoso rei naquelas terras. O seu retorno a Salém só poderia ter este objetivo. Melquisedeque teria recebido muito bem Abraão de volta a Salém. Assim, Abraão teria tornado-se carismático entre esse povo e um líder conquistador.

[editar]A separação de Abraão e Ló

A Bíblia relata que Abrão resolveu evitar desavenças com o sobrinho por causa do rebanho e lhe deu a opção de escolher planície que desejasse. Ló preferiu fixar-se na planície do rio Jordão, na região de Sodoma e Gomorra, que antes de ser destruída era comparada com o Jardim do Éden e com o Egito. Porém, Abraão preferiu permanecer em Canaã.
Habitou Abraão na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até Sodoma. (Gênesis 13:12)
Acredita-se que Ló tinha uma personalidade diferente e se inclinava mais para assuntos materiais ligados a negócios diversos, sendo esse o motivo pelo qual ambos se separaram, indo Ló para a rica cidade de Sodoma e se dedicando ao comércio e à criação de animais.
Após a separação de Ló, Deus apareceu novamente a Abraão confirmando dar aquela terra à sua descendência, ordenando-lhe que percorresse a região.
Dali, Abraão levanta novamente as suas tendas e se fixa junto aos carvalhais de manre, em Hebrom, onde edificou um novo altar a Deus.

[editar]Relação com os povos vizinhos

A Bíblia narra que houve uma guerra ocorrida envolvendo nove reinos. Os reinos de Sodoma, de Gomorra, de Admá, de Zeboim e de Zoar pagaram tributos a Quedorlaomer, rei do Elão, durante doze anos e haviam se rebelado. Assim, houve então uma guerra em que Quedorlaomer e mais três reis aliados atacaram a Palestina, ferindo a vários povos e confrontando-se finalmente com os reis de Sodoma e Gomorra que foram vencidos numa batalha em Sidim.
Com a derrota de Sodoma, Ló foi levado cativo com toda as suas riquezas. Sabendo disso, Abraão, com apenas trezentos e dezoito homens, lutou contra os inimigos e os perseguiu até as proximidades de Damasco, libertando Ló, sua família e o povo de Sodoma.
Provavelmente os povos vizinhos de Salém reverenciavam e respeitavam o Rei sábio Melquisedeque, mas de certa forma temiam o grande líder militar Abraão. As suas batalhas e conquistas tornaram-se conhecidas em toda aquela região, fazendo de Abraão um líder muito respeitado.
O rei de Sodoma, Bera, como recompensa pela libertação, chegou a oferecer os bens que foram saqueados por Quedorlaomer, mas Abraão recusou-se.
Melquisedeque partiu ao encontro de Abraão após a vitória em Sidim, já no seu triunfante regresso. A Bíblia diz que o rei de Salém trouxe pão e vinho para Abraão e lhe abençoou. Abraão, por sua vez lhe deu o dízimo de tudo que havia recobrado a Melquisedeque. Esta é a única parte no livro de Gênesis em que o personagem Melquisedeque é citado:
E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de tudo. (Gênesis 14:18-19)
Informações não bíblicas dizem que, após a batalha de Sidim, Abraão manteve-se fiel ao seu monarca e se tornou o dirigente militar de mais onze tribos vizinhas de onde todos pagavam tributos – o chamado dízimo. Abraão fracassou algumas tentativas de estabelecer alianças diplomáticas com o soberano de Sodoma. Porém, ao conseguir o resultado, houve uma aliança militar estratégica entre o Rei de Sodoma e outros povos de Hebrom. Abraão tinha mesmo intenção de formar um estado poderoso em toda a Canaã, o sábio rei de Salém convenceu Abraão a abandonar a sua tentativa de formar um reino material e se tornar aquilo que hoje o seu nome é significado – o Pai da Fé. Para persuadi-lo, utilizou a sua aliança, a promessa do seu reino, e tornou-o como sua própria descendência.

[editar]A Aliança de Abraão com Deus

No capítulo 15 de Gênesis, Deus aparece a Abraão. Tendo este oferecido um sacrifício a Deus, foi-lhe revelado sobre o futuro de sua descendência que suportaria a escravidão por quatrocentos anos e que depois retornaria para a terra prometida.
Então disse a Abrão: saibas, decerto, que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-los-á e afligi-la-ão quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente à qual servirão, e depois sairão com grande fazenda. E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. E a quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia. (Gênesis 15:13-16)
Informações não bíblicas falam de uma aliança entre Melquisedeque e Abraão. Tal aliança seria um reconhecimento de Melquisedeque da soberania de Abraão e a cedência do seu trono a este líder e à sua descendência, uma vez que este rei não tinha descendentes para o substituir. Esta referência também é mencionada na Bíblia no capítulo 7 da epístola aos Hebreus, onde se refere à falta de descendência deste personagem sábio de Salém.
Todavia, o texto bíblico em Gênesis é claro em demonstrar que o diálogo de Abraão e a sua experiência foi diretamente com Deus.

[editar]Nascimento de Ismael

Sendo Sara estéril e pretendendo dar um filho a seu marido, ofereceu sua serva egípcia Hagar para que gerasse o primeiro filho a Abraão. Hagar então gerou a Ismael, considerado pelosmuçulmanos como o ancestral dos povos árabes.
O texto bíblico informa que Abraão teria sido pai pela primeira vez aos oitenta e seis anos. E, antes mesmo do nascimento de Ismael, surgiram conflitos entre Hagar e Sara, culminando na sua fuga do acampamento de Abraão.
Tendo Hagar fugido da presença de Sara, o Anjo do Senhor apareceu-lhe quando se encontrava junto a uma fonte de água, convencendo-a a retornar, sujeitar-se à sua senhora e lhe prometendo um futuro grandioso para seu filho.

[editar]A mudança no nome de Abraão e a instituição da circuncisão

Aos noventa e nove anos, novamente Deus aparece a Abraão, confirmando-lhe a sua promessa. Deus ordena que Abraão e todos os homens de sua casa fossem circuncidados. E que toda criança do sexo masculino que nascesse receberia esse sinal ao oitavo dia.
O filho da … de oito dias, pois, será circuncidado; todo macho nas vossas gerações, o nascido na casa e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua semente.(Gênesis 17:12)
É nesta ocasião que Deus muda também os nomes de Abraão e de Sara, os quais até então chamavam-se Abrão e Sarai.
O nome Abraão significa pai de muitas nações.
Já a mudança do nome de Sarai para Sara é explicada na Bíblia com a promessa do nascimento de um filho, pondo fim à sua esterilidade.

[editar]A visita dos três anjos e a confirmação sobre o nascimento de Isaque

Abraão foi circuncidado com noventa e nove anos após Deus ter anunciado que Sara daria à luz um filho - Isaque, que seria o herdeiro da promessa. Isaque nasceu no ano seguinte a esse anúncio.
O capítulo 18 de Gênesis diz que mais uma vez Deus apareceu a Abraão quando este se encontrava nos carvalhais de manre, à porta da tenda, e viu três varões celestiais (anjos). Estes confirmaram o nascimento de um filho a Sara e estavam se dirigindo para Sodoma a fim de cumprirem a ordem divina de destruição da cidade.

[editar]A destruição de Sodoma e Gomorra

Temendo pela vida de seu sobrinho Ló e de sua família, Abraão intercede a Deus para que não destruisse Sodoma. Deus então promete que se achasse pelo menos dez justos ali, pouparia a cidade.
Os anjos vão até Sodoma, entram na casa de Ló e o retiram da cidade junto com sua família antes que começasse a destruição do lugar, permitindo que o sobrinho de Abraão se refugiasse nas montanhas.
E aconteceu que, destruindo Deus as cidades da Campina, Deus se lembrou de Abraão e tirou Ló do meio da destruição, derribando aquelas cidades em que Ló habitara. (Gênesis 19:29)

[editar]Abraão peregrina em Gerar

No capítulo 20 de Gênesis, Abraão parte de Hebrom para Gerar, que estaria situada entre Cades e Sur, região que corresponde á terra dos filisteus.
Temendo a Abimeleque, rei de Gerar, Abraão novamente comete o mesmo erro praticado quando esteve no Egito e diz que Sara seria sua irmã. Abimeleque apaixona-se por Sara e a toma de Abraão.
Deus então aparece em sonhos a Abimeleque e lhe adverte para que restituísse Sara a seu esposo.
Obedecendo a Deus, Abimeleque trás Sara de volta a Abraão, entregando-lhe também bens e riquezas. Abraão então ora por Abimeleque que é perdoado.
Fontes não bíblicas afirmam que, com o desaparecimento de Melquisedeque, Abraão modificou muito a sua forma de agir. Mesmo alguns historiadores defendem a ideia que era um outro Abraão que ocupou o seu lugar. Mas poderá ter sido apenas a tristeza pelo desaparecimento de Melquisedeque. Não há registro da morte de Melquisedeque e mesmo o apóstoloPaulo faz menção a esse facto na Bíblia na carta aos Hebreus (cap.7). Abraão tornou-se mais inactivo e temeroso. Tanto que ao chegar a Gerar, Abimeleque tomou-lhe a sua esposa Sara. Mas este período de aparente covardia foi curto. E logo Abraão compreendeu a herança proposta pelo seu antecessor no trono e começou a proclamar uma mensagem de um Deus único entre os povos filisteus e mesmo entre os súditos de Abimeleque.
Depois do nascimento de Isaque, Abraão e Abimeleque fizeram um pacto em Berseba, isto é, realizaram um juramento de confiança.

[editar]O nascimento de Isaque

O capítulo 21 de Gênesis diz que Abraão com a idade de cem anos quando tornou-se pai de Isaque.
Informações não bíblicas dizem que foi numa cerimónia pública e solene que Abraão teria apresentado em Salém Isaque como o seu primogênito.
No entanto, a Bíblia relata que, quando Isaque deixou de mamar, Abraão teria promovido um grande banquete em comemoração.

[editar]Abraão despede-se de Hagar e de Ismael

Mesmo com o nascimento de Isaque, os conflitos entre Hagar e Sara continuaram, ameaçando a paz de sua família. Abraão então resolve despedir sua serva junto com o seu filho Ismael. A Bíblia diz que Deus amparou Hagar e seu filho durante a peregrinação no deserto de Parã.

[editar]Deus prova a fé de Abraão

Mais uma vez Deus falou com Abraão e lhe pediu uma verdadeira prova de fé, determinando que levasse o seu filho para oferecê-lo em holocausto no Monte Moriá que fica próximo a Salém.
Após ter viajado por três dias a partir de Berseba, Abraão avistou o local e subiu ao monte apenas na companhia de Isaque. Porém, quando levantou a mão para sacrificar seu filho, foi impedido pelo Anjo do Senhor e encontrou no mato um carneiro para ser oferecido em lugar de seu filho.
Livro dos Jubileus, no verso 16 do seu capítulo 17, explica o sacrifício de Isaque dizendo que o diabo teria pedido a Deus que provasse Abraão em relação a seu filho, o que se assemelha um pouco à história de . Porém, a Bíblia nada diz a esse respeito, mencionando o fato como uma prova de obediência a Deus.

[editar]A morte de Sara

Segundo a Bíblia, Sara morreu em Hebrom com cento e vinte e sete anos. Abraão então adquire de Efrom a Cova de Macpela por quatrocentos siclos de prata, que é considerada a primeira aquisição de uma propriedade do patriarca em canaã que sempre viveu como um peregrino em busca de melhores pastagens para o seu rebanho. A sepultura adquirida é posteriormente utilizada pelo patriarca e por seus descendentes.

[editar]Abraão manda buscar uma noiva para Isaque

Narra o capítulo 24 de Gênesis que Abraão enviou o seu servo Eliezer para que fosse à Mesopotâmia e trouxesse uma esposa para seu filho Isaque entre os seus parentes.
Ocorreu que Milca e Naor tiveram oito filhos e netos. Eliezer então, ao chegar na cidade de Naor, encontra a Rebeca, filha de Betuel e irmã de Labão. Rebeca consente em ir com Eliezer e este a leva para Isaque.

[editar]A união de Abraão com Quetura

A Bíblia registra uma segunda núpcia de Abraão após a morte de Sara. Com a união de Abraão e Quetura, foram gerados mais seis filhos, dando origem a outros povos, inclusive osmidianitas.
E Abraão tomou outra mulher; o seu nome era Quetura. E gerou-lhe Zinrã, e Jocsã, e Medã, e Midiã, e Isbaque e Suá. (Gênesis 25:1-2)
Indaga-se se Abraão teria mesmo se casado com Quetura ou se ela foi apenas uma segunda concubina depois de Hagar. A Bíblia pouco fala a seu respeito, sendo possível apenas fazer a suposição de que ela teria vivido com o patriarca as últimas décadas de sua vida.
De acordo com o livro apócrifo de Jubileus, em 19:11, Abraão teria escolhido a Quetura entre os servos de sua casa porque Hagar falecera antes de Sara.

[editar]A morte de Abraão

A morte de Abraão é comentada no capítulo 25 de Gênesis, o qual teria vivido cento e setenta e cinco anos e foi sepultado na Cova de Macpela por Isaque e Ismael.
Tudo o que tinha deixou de herança para Isaque, guardando apenas presentes para os filhos de Hagar e de Quetura. Os registros referem que todas as propriedades de Abraão foram para o seu filho Isaac, o filho de Sara que tinha o status de esposa. Agar não foi esposa de Abraão, mas sim uma concubina. Quetura foi esposa de Abraão após a morte de Sara.
Considerando que Isaque tornou-se o pai de Jacó e de Esaú aos sessenta anos, Abraão deve ter convivido com os netos durante quinze anos, muito embora o livro de Gênesis não mencione sobre esses contatos.